Ouço muito os mais antigos falar que minha geração está perdida, que não é mais como antigamente, que só quer saber de beber, cair na farra, não ter compromisso, etc. Eu só estou colhendo o que a geração anterior plantou. Foram eles que tanto lutaram por liberdade, por democracia, por direitos iguais. Eles eram vistos como “perdidos”, também, pela geração anterior a deles.
A minha geração não é uma minoria que toca fogo em mendigos, que batem em desconhecidos sem motivos, que causam acidentes bêbados, que se droga para esquecer problemas que não existem. A juventude de hoje é aquela que nossos pais, por exemplo, queriam. Nossa juventude é fraternidade e liberdade.
Vejam nos barzinhos, nos lagos da orla, as rodas de violão com um litro de vodka (sim, é normal beber, desde sempre, desde a época Jesus Cristo. Na hora de rezar, pergunte pra ele se o vinho era bom), como as amizades são sinceras, uma verdadeira irmandade.
Discutimos, é claro, nossa geração pode opinar diferentemente de todo mundo, podemos criticar ou elogiar a atitude de um líder, por exemplo. Se errar, a gente pede desculpas. Se acertar, a gente aceita desculpas. E num autentico espírito de fraternidade tudo volta a ser como antes.
Bebemos, farreamos, pegamos e não nos apegamos. Dividimos problemas, choramos juntos, rimos juntos. Eu posso arriscar dizer que a atual juventude é uma grande família.
E para antiga geração eu deixo a seguinte pergunta: não era isso que vocês queriam?
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